Vamos falar um pouco sobre um assunto que suscita ao mesmo tempo - curiosidade imediata para os liberados ou constrangimento imenso para os reprimidos: Sexualidade. Antes de mais nada, conheçam um escritor francês que apresentou uma análise particular e relevante do nosso lado sexual.
Nascia, em 10 de setembro de 1897 , na pequena cidade francesa Puy-de-Dôme , o escritor Georges Bataille , cuja obra tem um olhar intrigante sobre temas como o erotismo, a transgressão e o sagrado . Em que pese trabalho Bataille transite com a devida competência e destaque no campo da Antropologia, Filosofia, Sociologia e História da Arte será mostrado sua visão sobre a relação do ser humano com a sua sexualidade.
Para este filósofo francês , o domínio do erotismo encontra-se no desejo que vence a proibição. O nosso lado erótico se opõe ao comportamento comum. Nossa maneira formal de estabelecer relações começa a ruir a partir do instante em que se entregamos a excitação sexual. Sentenciou Bataille: "A nudez destrói a boa figura que nossas roupas emprestam; as palavras obscenas, a imaginação exacerbada, as transgressões proibidas, a violação do corpo, o excesso desmedido, tudo leva uma " perda" constante de si mesmo que culmina no orgasmo, que pode se comparado a uma "pequena morte ". O êxtase e a vertigem são, de certa forma, um "sair de si".
Sob determinado aspecto, o erotismo anda do lado contrário do nascimento da cultura , que se estabeleceu pela imposição de condutas e normas para se viver em sociedade, pois está no limite da transgressão, o deleite se apresenta no violar as regras sob as quais se alicerça a civilização. Como analisou o filósofo francês, é contraditório mas o erotismo é o lugar da máxima manifestação da individualidade, onde se faz nascer a invenção de ações sensuais não praticadas e imaginadas por nós.
A força gerada pelo erotismo é tamanha e por esta razão muitas pessoas o temem. Estar apaixonado em que pese a possibilidade do desfrute de momentos de felicidade traz consigo elementos de pertubação e desordem. Reprimir a sexualidade cria um sentimento paradoxal de desejo e culpa, o que segundo concluiu Bataille apresenta a tendência para dois comportamentos opostos e plenamente reprováveis que são o puritanismo e a permissividade, que espelha ou proibir tudo ou permitir tudo causando sérios danos a vida de uma pessoa seja consigo mesmo no relacionamento com outras pessoas.
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre; Filosofando -Introdução a Filosofia - pág 341
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